Entre sexta e domingo cerca de 250 médicos brasileiros participaram, em Santo André, da 1ª Conferência Internacional do Uso Médico e Odontológico do Ozônio. Esse primeiro encontro reuniu profissionais de Cuba, do Egito, do Reino Unido e da Itália que usam ozônio em tratamentos de asma, diabetes, hérnia de disco, queimadura, cirrose e cáries e vieram apresentar os resultados de suas pesquisas científicas.
Na área odontológica, o dentista britânico Dipak Joshi explica que o ozônio é capaz de destruir 95% das bactérias bucais e, em muitos casos, consegue evitar o agravamento da cárie. A dentista Claudia Capp alerta, porém, que somente quando a cárie é detectada precocemente é possível evitar a cirurgia. O gás também pode ser aplicado na desinfecção durante o pré-operatório e contra herpes labial.
O médico Glacus de Souza Brito, organizador do evento, está animado com o uso do gás e tem planos para o futuro. "Estamos negociando o apoio de Cuba para a criação de um centro de estudos sobre a aplicação do ozônio em Santo André", diz Brito. Para ele, o uso médico e odontológico do gás é pouco difundido no Brasil por "seguirmos o modelo americano" e pela falta de interesse da indústria farmacêutica. O ozônio tem, segundo ele, funções bactericidas, fungicidas e viricidas , além de melhorar a oxigenação cerebral e, conseqüentemente a qualidade de vida dos que sofrem dos males de Alzheimer e Parkinson.
Fonte: Estado de São Paulo por Gabriella Sandoval.
20/09/2004