Roda de conversa discute os desafios da saúde mental materna no Espaço Sinta-se Bem
06 de junho de 2025
Ação, realizada pela Unimed Goiânia, fez parte do movimento Maio Furta-Cor e reforçou a importância do cuidado emocional durante a gestação, o parto e o puerpério
Cerca de 50 mulheres participaram, no dia 29 de maio, da roda de conversa realizada no Espaço Sinta-se Bem, da Unimed Goiânia. O encontro integrou a programação do movimento nacional Maio Furta-Cor, que tem como objetivo ampliar o debate sobre saúde mental materna e reforçar a importância do cuidado emocional durante a gestação, o parto e o puerpério.
O evento proporcionou um momento de acolhimento, troca de experiências e reflexões sobre os desafios emocionais que envolvem a maternidade. Foram discutidos temas como as transformações físicas e emocionais na gravidez, a adaptação à nova rotina com a chegada dos filhos e os impactos que essas mudanças geram na identidade da mulher.
A roda de conversa foi conduzida pelo psicólogo Bení Filho, da Unidade Pra Cuidar Unimed, e pela médica psiquiatra Lisa Moura, representante da campanha em Goiânia desde 2022. O tema central foi o impacto da maternidade na identidade pessoal e na saúde mental, com discussões sobre os efeitos da maternidade na saúde emocional, nas transformações da identidade da mulher, na vida sexual, além da sobrecarga mental e dos estigmas sociais relacionados à figura materna.
“O conceito de mãe suficientemente boa nos ajudou a entender que não existe mãe perfeita. Existe aquela que, dentro de suas limitações, atende às necessidades do bebê e, ao mesmo tempo, preserva sua própria saúde emocional. Foi preciso reconhecer que muitas mulheres adoecem emocionalmente ao tentarem atender padrões irreais impostos pela sociedade”, explicou Bení Filho.
A campanha Maio Furta-Cor, que neste ano tem como lema “Saúde mental materna: direito de todas”, busca mobilizar famílias, profissionais de saúde e a sociedade como um todo para que reconheçam a importância do apoio às mulheres nesse ciclo da vida. O movimento defende que o cuidado com a saúde emocional materna deve ser entendido como um direito e uma responsabilidade coletiva.