A imprensa brasileira e os órgãos de defesa do consumidor regularmente denunciam queixas de beneficiários de planos de saúde contra a demora no agendamento de consultas. Em alguns casos, de acordo com matéria publicada no jornal A Tribuna (SP), o aumento da demora foi na ordem de 80% em um ano. O tempo de espera pode chegar a seis meses, mesmo para quem tem um dos planos mais utilizados no País.

Quem paga consultas particulares consegue passar pelo médico no mesmo dia. Então, ter um plano de saúde já não é garantia de qualidade no atendimento. Isso preocupa o Conselho de Medicina, que está acompanhando o assunto.

Em algumas regiões do País, os médicos ligados a planos de saúde têm uma cota mínima de atendimento, de acordo com o Conselho Regional de Medicina. No centro-oeste paulista, segundo o jornal A Tribuna, em um dos convênios mais usados, esse mínimo corresponde a 20 pacientes por mês. Os profissionais têm o direito de reservar o restante do tempo apenas para as consultas particulares, se quiserem.

Na Unimed Goiânia, não é permitida a diferenciação entre pacientes particulares e conveniados. Essa conduta, além de ser considerada antiética pelo Conselho Regional de Medicina, fere o Estatuto Social da Cooperativa.

“Denúncias dessa natureza, quando chegam a público, prejudicam a imagem do conjunto dos médicos Cooperados e, especialmente a marca Unimed no mercado. É um tiro no pé de todos”, diz Dr. Altamiro Araújo,  diretor do Conselho Técnico da Unimed Goiânia.