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6º Congresso Nacional Unimed de Auditoria em Saúde






O 6º Congresso Nacional Unimed de Auditoria em Saúde foi realizado em Búzios (RJ), nos dias 15 a 18 junho, e reuniu mais de 400 profissionais, médicos e enfermeiros auditores, que tiveram a oportunidade de se atualizar em relação à auditoria no setor da Saúde.

As enfermeiras Danielle Perdigão Oliveira e Ribeiro, da Unimed Goiânia, e Lucijane Maria Costa e Pérola Cristine Barreto, da Federação Goiás Tocantins, apresentaram um estudo sobre Dieta Enteral, e fará parte de um capítulo do Manual de Consultas das Normas de Auditoria Médica e Enfermagem do Sistema Unimed. O trabalho já havia sido apresentado também no 8º Comitê Nacional de Enfermeiros Auditores (CONENFA), realizado nos dias 25 e 26 de abril, em São Paulo.

Segundo Danielle Perdigão, o trabalho foi muito bem recebido e aprovado sem alterações. “De qualquer forma, até julho ele ficará em consulta para receber sugestões de alterações, que poderão ser aceitas em função de sua pertinência. E em outubro, será apresentado no Colégio Nacional de Auditores Médicos”, contou a enfermeira auditora da Cooperativa.

O diretor de Auditoria Médica da Unimed Goiânia, Dr. Lueiz Canedo, parabenizou a equipe, destacando “a qualidade da contribuição que apresentamos para as singulares brasileiras do Sistema Unimed”.

Destaques da programação

Um dos destaques foi a palestra “Indicadores: Visando Gestão e Qualidade em Auditoria”, que foi a que atraiu mais participantes, cerca de 80 médicos e enfermeiros auditores de Unimeds de todo o Brasil, que ouviram atentamente a aula da enfermeira Dulcimara John, da Federação Santa Catarina.

Antes de propor uma dinâmica na qual duplas tiveram que sugerir soluções para um suposto elevado custo em sua unidade, Dulcimara apresentou diversos modelos de planilhas de indicadores, como o de taxa de mamografia, exames por consulta e exames por beneficiário/ano. Diante de um fluxograma de análise de indicadores, ela ressaltou: “É preciso também avaliar o meu prestador e, no caso das Federações, é ainda mais difícil porque dependemos do intercâmbio para conhecer a realidade dele”, avaliou.

Após uma série de monitoramentos, acompanhamentos e análises dos indicadores, Dulcimara conta que a equipe de oncologia observou a necessidade de um plano e desenvolveu ações que envolvem implantação de um serviço de auditoria específico para oncologia e utilização de tratamentos indicados conforme protocolos baseado em evidências; avaliação das autorizações de quimioterapia e análise e auditoria retrospectiva das contas de oncologia; e visita às clínicas de oncologia para avaliação da estrutura física de cada unidade.

Na palestra “Auditoria de Antimicrobianos”, Valéria Pinto Fonseca, da Federação de Minas Gerais, enfatizou que “precisamos de comissões que atuem de forma contundente nas auditorias, o que não é tarefa difícil, visto que está tudo em legislação. Segundo ela, a auditoria de antibiótico deve ser feita por um médico com experiência em infectologia e que tenha o objetivo de buscar sempre o que é melhor para o paciente dentro do que é possível naquela instituição. Ela lembrou que quem audita não está em contato com o paciente, portanto, precisa do maior número de informações possível para construir o caso clínico e determinar a necessidade dele.

Valéria se lembrou, ainda, de quando surgiu o primeiro antimicrobiano, a penicilina, e aproveitou para ressaltar a importância de usar esses medicamentos de forma controlada. “Há alguns anos já não são criados novos antimicrobianos, portanto, a bactéria se torna mais resistente”, alertou. Para ilustrar, ela apresentou um caso de 1993, quando o custo de antibiótico por paciente era de R$ 5,80. Após a realização das auditorias, em 1998, este custo foi reduzido em 50%, caindo para R$ 2,90. Aumento dos efeitos adversos e seleção da flora com perfil de alta resistência são algumas das consequências do uso inadequado do produto, e algumas estratégias para controlar isso são programas educativos com atualização periódica da comunidade médica, confecção de formulário farmacêutico com padronização de drogas existentes no hospital, presença de consultor em doenças infecciosas e auditoria em antimicrobianos.

Ainda foram abordados outros assuntos como “Definições e Aspectos Conceituais em Neurocirurgia”, apresentado por Kleber Paiva Duarte, da Unimed São José do Rio Preto; “Uso da MBE na Auditoria de Alto Custo: uma estratégia competitiva na saúde suplementar?”, ministrado por Alexandre Pagnoncelli, membro da Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidência”; e “Ortopedia: Cirurgia Artroscópicas”, com Flávio Aranha, da Unimed Campinas, entre outros.

Fonte: Unimed do Brasil e Unimed Goiânia.

 

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