Esta é a longa lista de temas de altíssima importância para o Sistema Unimed em debate no 14º CONAI, que foi realizado de 16 a 18 de maio, em Foz do Iguaçu (PR). A importância dos assuntos reuniu mais de 350 dirigentes e gestores de todas as regiões do Brasil, entre eles os diretores da Unimed Goiânia, Dra. Selma Trad, diretora financeira; Dr. João Damasceno, diretor administrativo; Dr. Sérgio Baiocchi Carneiro, diretor de mercado; Dr. Ricardo Esperidião, diretor de Recursos e Serviços Próprios; e o presidente Dr. Sizenando da Silva Campos Jr. Dra. Selma Trad, Dr. João Damasceno, Dr. Sérgio Baiocchi, Dr. Ricardo Esperidião e Dr. Sizenando da Silva Campos. Jr. “Os temas tratados nesse encontro reforçam as discussões que travamos durante nosso planejamento estratégico como, por exemplo, a remuneração do trabalho médico e o mercado de saúde suplementar. Vivemos um tempo de mudanças e cada um de nós deve adaptar-se de forma a promover o bem coletivo”, afirmam os diretores presentes. Já na abertura, temas como os desafios do cooperativismo, parceria da Unimed com os médicos e remuneração foram abordados pelos convidados especiais (Florentino de Araújo Cardoso Filho, pres. da AMB; Aloísio Tibiriçá Miranda, vice-pres. do CFM; Mauro Junqueira (ANS), Fábio Trombini Griesbach; Orestes Barrozo Pullin, pres. da Federação Unimed PR; e Valdmário Rodrigues Jr., diretor de integração cooperativista e mercado da Unimed do Brasil). O presidente Eudes de Freitas Aquino, que comandou os trabalhos de abertura, destacou a necessidade de mudança do Sistema, ajustando-se aos novos tempos. Citando o sociólogo francês Michel Maffesoli, que falou ontem no 2º Fórum Político, Eudes ressaltou que está em construção uma nova era em que o individualismo dá lugar ao coletivo, o que reforça uma das frases usuais do presidente da Unimed do Brasil: Juntos somos muito fortes. “Individualismo não cabe no cooperativismo. Somente podemos pensar no todo, que é o que queremos, quando o movimento é coeso e uniforme”, disse Eudes, assinalando a necessidade de transformação da Unimed. Como viver mais e melhor A população brasileira (e mundial) está envelhecendo. Isso é um fato. Além disso, está ficando mais longeva. Estão aí dois desafios inquestionáveis para o complexo da saúde. Para Luiz Augusto Ferreira Carneiro, superintendente executivo do Instituo de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o momento é agora. “Muito pouco foi feito e não podemos deixar para mais tarde. Temos de agir já, em conjunto e com força para ajustar as transformações em curso com a nossa realidade sob pena de estrangular a saúde”, disse. Ele trouxe números para embasar sua linha de pensamento. Em 2032, a população brasileira com mais de 60 anos chegará a 64 milhões de pessoas – equivalente a 29% do total do país. No outro sentido, a população de 15 a 59 anos ficará estável e a parcela de 0 a 14 anos, que hoje representa 26% da população, representará apenas 15%. “Está claro que os gastos com saúde crescerão. A responsabilidade de mudar esse cenário é de todos nós”, ressaltou Luiz Augusto.
A Unimed do Brasil convidou dirigentes de importantes entidades de médicos para discutir a remuneração médica, assunto recorrente sempre que o assunto é saúde. Fizeram parte da mesa-redonda Florentino de Araújo Cardoso Filho (pres. da AMB), Aloísio Tibiriçá Miranda (vice-pres. do CFM) e Ricardo Cohen (pres. da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica). O presidente da mesa foi Rafael Moliterno, presidente da Seguros Unimed, e o moderador, Helton Freitas, pres. da Federação Intra Inconfidência Mineira. O presidente da AMB defendeu arduamente a preparação e atualização periódica do médico para desempenhar suas atribuições com qualidade e conhecimento. “A profissão exige”, disse. Florentino lembrou a “fuga de médicos do SUS” devido à condição de trabalho. Quanto à questão da remuneração, ele falou sobre o exemplo da Unimed, mas entende ser necessário buscar a homogeneidade do Sistema. Aloisio Tibiriça Miranda, do CFM, falou da busca constante da entidade pela melhor remuneração dos médicos. Ele lamenta ter sido necessário ir às ruas no ano passado para alertar as autoridades e conseguir ser ouvidos pelas operadoras, mas comemora resultados. Ele lembrou que a Unimed é uma cooperativa de médicos e surgiu exatamente para dar melhores condições aos profissionais. “Precisamos nos unir para desatar os nós do sistema. Há claramente um excesso de normas e regulações que inviabilizam a melhor remuneração”. O segmento de cirurgia bariátrica e metabólica é um dos que mais cresce na medicina. E o Brasil é referência mundial no segmento. Essa realidade exige atualização constante dos médicos. “A médico prazo, a cirurgia bariátrica reduz os custos da saúde porque tira o paciente dos consultórios”, informou, lembrando que o médico especialista precisa de boa remuneração para manter-se atualizado e prestando bons serviços. Rafael Moliterno Neto fechou a mesa-redonda conclamando todos os envolvidos a juntar forças em busca do objetivo comum. Ele questionou a política de provisões da ANS: “enquanto a agência fica com os nossos recursos não conseguimos investir na nossa rede de hospitais”, disse. “A ANS precisa aceitar a infraestrutura como valor de reserva”. Ele também lembrou que a Unimed é tributada como empresa mercantil. “Como cooperativa tudo o que sobra é repartido com os médicos. A pesada tributação também acaba por reduzir os repasses na ponta”. Um novo modelo assistencial se faz necessário
Cloer Vescia Neves, especialista em atenção integral à saúde da Unimed do Brasil, disse que já passou da hora de mudar o modelo atual, que ele chamou de hospitalocêntrico. “O cliente dos planos de saúde, hoje, quer garantir o seu acesso aos médicos. Mas esse modelo estrangula o sistema. É preciso trabalhar de forma preventiva. Um caminho é a prática periódica de atividades físicas. Vejam que pesquisa recente levantou que 28,3 milhões de brasileiros não praticam qualquer atividade física. E entre os 41,4 milhões de pessoas que responderam praticar esportes, apenas 14,5 milhões são ativos, segundo os requisitos da OMS”. “O sistema atual é uma bomba-relógio. E há risco de em 20 anos a conta não fechar”, disse Luis Fernando Rolim Sampaio, superintendente de serviços próprios da Unimed Belo Horizonte. Ele lembrou que o Brasil investe apenas 8% do PIB em saúde, muito menos que o necessário e aquém de outros países, como os Estados Unidos (17% do PIB). “Está provado que a prevenção gera resultados efetivos. Em Belo Horizonte, desenvolvemos um programa de atenção à saúde que em alguns anos reduziu em 19,1% as consultas urgentes de asma e em 36% as internações”. O debate foi presidido por Genoir Simoni, presidente da Unimed Grande Florianópolis, e o debatedor foi José Martiniano, da Federação Centro Paulista. Experiência positiva que vem de Minas Gerais PPP convive em harmonia em Portugal
Em Portugal, o sistema de saúde é misto, envolvendo tanto o público quando o privado. Lá, 100% da população são atendidos pelo serviço estatal; apenas 10% dos portugueses têm planos de saúde privados. “A convivência é harmônica e o objetivo comum é atender bem as pessoas”, disse o secretário. No caso das PPP, há várias modalidades, sendo as mais comuns os contratos para prestadores de serviços construírem obras (hospitais e postos de atendimento, por exemplo) e outros acordos de construção e gestão privada. “Os números comprovam que as parcerias surtem efeitos. A expectativa de vida dos portugueses aproxima-se de 80 anos, a mortalidade infantil despencou, assim como os casos de câncer e doenças causadas pelo uso de álcool. O sistema funciona porque há confiança mútua e os contratos são respeitados.”, enfatizou. O presidente dos debates foi João Batista Caetano, presidente da Fundação Unimed, e o debatedor, Márcio de Oliveira Almeida, presidente da Unimed Vitória. Fonte: Boletim Fórum e CONAI 2012, informativo da Unimed do Brasil, e Unimed Goiânia. |