O governo estuda a possibilidade de um plano de previdência para ajudar no financiamento da saúde privada. A informação partiu de André Longo Araújo de Melo, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e a proposta foi colocada em audiência pública da comissão temporária que analisa justamente soluções para o financiamento de saúde brasileiro. Dr. André Longo André Longo afirmou que o esboço do VBGL Saúde, como é chamado, foi desenvolvido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Superintendência de Seguros Privados (Susep), estando, atualmente, com o Ministério da Fazenda a avaliação do grau de isenção fiscal a ser concedido ao produto, pois que carrega características do VGBL previdenciário que permitem dedução no Imposto de Renda. O diretor-presidente da ANS explicou que o beneficiário do plano poderá optar por sua aquisição somando uma parcela à mensalidade cobrada pelas operadoras. Mas ainda não estão definidos: o índice de remuneração da aplicação e se o produto terá amparo de um fundo garantidor. A questão deverá transformar-se em projeto de lei a ser encaminhado ao Congresso Nacional. Sandro Leal Alves Outro ponto levantado por Sandro Leal Alves, gerente-geral da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), foi sobre a viabilidade econômica do VGBL Saúde, com a ideia de que a parcela das contribuições dos usuários mais jovens possa ser acumulada e remunerada para abater, no futuro, parte da mensalidade do plano de saúde. Desta forma, a escolha do beneficiário quanto ao percentual de contribuição, se de 5% ou 10%, poderá ser desembolsado, em parte, pelas empresas, no caso de planos empresariais. O representante da FenaSaúde defendeu sua ideia, tomando por base o envelhecimento da população, já que a faixa com mais de 60 anos irá duplicar nos próximos vinte anos. Segundo ele, neste prazo será preciso buscar uma melhor alocação de recursos para a saúde, tendo em mente que a população economicamente ativa também declinará, na medida em que a população acima de 60 anos aumentará. Dr. Sizenando da Silva Campos Jr. O presidente da Unimed Goiânia, Dr. Sizenando da Silva Campos Jr., considera interessante essa iniciativa justamente pelo fato do envelhecimento da população, que "trará enormes dificuldades não apenas na área da previdência pública, mas também na área da assistência à saúde, pública ou privada". Ele explica que a proposta da ANS é para que os contribuintes de planos de saúde atuais façam uma reserva financeira para o seu custo assistencial futuro, que será cada vez mais caro em virtude do envelhecimento populacional. Com a mudança do perfil demográfico e as pessoas tendo uma sobrevida maior com um possível aumento de enfermidades crônicas, o custo será muito elevado e possivelmente inacessível para muitos idosos. Consad "O VGBL, acoplado à mensalidade dos planos de saúde, sem poder ser utilizado para o custo assistencial presente, seria uma reserva a ser utilizada no futuro para diminuir o valor do plano de saúde. A questão da mudança da demografia no Brasil é muito séria com impactos relevantes. Pelas projeções do IBGE, até 2050 teremos um perfil de idade semelhante ao europeu ou japonês", destacam os integrantes do Conselho de Administração da Cooperativa. Fonte: Jornal GGN e Unimed Goiânia. |