Campeonato Mundial de Ironman 70.3
O cardiologista Tarik Arcoverde Ribeiro Costa, cooperado da Unimed Goiânia, foi selecionado para participar do Campeonato Mundial de Ironman 70.3, com provas de 1,9 km de natação, 90 km de ciclismo e 21 km de corrida, no dia 4 de setembro, na Austrália.
Dr. Tarik Arcoverde Ribeiro Costa
"Era o que faltava para completar minha vida. O esporte dá uma sensação enorme de prazer, não apenas pela liberação de endorfina, mas pela superação diária dos desafios. Às vezes me pergunto como não tinha feito isso antes?", explica o médico. Tarik sempre praticou natação, mas, ao terminar sua residência e iniciar a prática da medicina, foi ficando sedentário em função da pesada rotina de trabalho e ganhou peso. "Nunca fui um gordinho feliz. Botei na cabeça que ia emagrecer e tinha que levar o esporte a sério. Então, no começo, emagrecer e ter mais saúde eram os motivos principais, mas quando o mosquito do Triátlon pica, você fica viciado", brinca ele.
Ele perdeu peso e os resultados positivos não paravam de aparecer, por isso investia cada vez mais nos treinos e em bons equipamentos, como a bicicleta de fibra de carbono, cuja aerodinâmica é desenvolvida especificamente para esse esporte. Também adotou uma dieta na medida certa dos seus objetivos de alta performance. "Cada grama a menos na balança representa uma possibilidade de mais rapidez", diz Tarik, que ainda faz suplementação nutricional com aminoácidos e antioxidantes, musculação e fisioterapia para garantir o melhor preparo físico.
No Triátlon não conta apenas o corpo, é preciso força mental. "São provas de longa distância, e o volume de atividade física é absurdo. Mentalizações são importantes. Se a cabeça se cansar antes do corpo, você perde", garante.
A vaga para o mundial foi conquistada em abril deste ano, no campeonato sul-americano realizado em Palmas. Tarik Arcoverde, o único cardiologista triatleta da região Centro-Oeste, também vai disputar a etapa Brasil do Ironman, no dia 29 de maio, em Florianópolis, com o dobro do percurso disputado no 70.3 (número que se refere à metade da distância de um Ironman, em milhas).
O tempo de duração pode variar entre 8 e 17 horas. Quando for competir na Austrália, o cooperado da Unimed Goiânia terá, a partir de sua largada, até 1 hora e 10 minutos para completar o percurso da natação, até 5 horas para completar o de ciclismo e até 8 horas para completar a corrida. O atleta que exceder o tempo limite de cada etapa é desclassificado.
No Brasil, o circuito é realizado desde 1982 e a partir de 2001 passou a ser disputado na cidade de Florianópolis, tendo sua largada na praia de Jurerê Internacional. Com a realização da prova na Ilha de Santa Catarina, houve um crescimento considerável no número de participantes do esporte, que nasceu no Sul da Califórnia, na metade dos anos 1970.
Na época, vários clubes atléticos de San Diego participavam de eventos informais que incluíam nadar em Mission Bay. Um dos participantes era o oficial da Marinha americana John Collins. Mais tarde, suas atividades o levaram para o Havaí e foi lá que nasceu o Ironman. O local recebia três eventos de resistência: a Maratona de Honolulu, o Waikiki Rough Water Swim e o Around-Oahu Bike Ride. Os atletas locais costumavam discutir frequentemente sobre quem era superior, os corredores ou os nadadores. Collins sugeriu combinar três modalidades em uma única prova de resistência, incrivelmente difícil, com o título de “Ironman” (Homem de Ferro) para o vencedor. Em 1978, no fim da primeira prova, surgiram 12 Ironmen.
Dr. Tarik, casado com a médica Ana Lúcia e pai de três filhos – Pedro, Antonio e Sérgio -, abre mão de vários momentos familiares e até de algumas horas no trabalho. "Não bebo com os amigos, saio muito pouco. Às vezes me perguntam se sou louco e por que faço isso. Na hora que estou disputando a prova, penso naquilo tudo. Isso me vem à cabeça e sempre carrego todo mundo comigo, família e amigos. Quando me aproximo da largada e vejo todo mundo ali, me esperando, é uma sensação incrível", explica ele.
Realmente, sua rotina de preparo físico não é para qualquer um. Ele treina de três a quatro horas por dia, e, no fim de semana, são cinco horas no sábado e mais uma manhã inteira de pedal no domingo. Para dar conta de cerca de 30 horas de treino por semana, acorda sempre às 5 da manhã e segue à risca as orientações do consultor esportivo Santiago Ascenço, em quem também se inspira.
"Meu técnico é um exemplo de dedicação. É um triatleta brasileiro de ponta com grande experiência e grande influência positiva para que eu continue treinando", garante Tarik.
Fonte: Unimed Goiânia e Ed Grabianowski (esporte.hsw.uol.com.br)