O 59º Congresso Brasileiro de Cardiologia que acontece esta semana,de 26 a 29 de setembro, no Rio de Janeiro, tem como tema principal as pesquisas com células-tronco.
Atualmente, Alemanha e EUA têm investido em muitos estudos na área.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Cardiologia, Augusto Bozza, é uma nova terapêutica para doenças sem possibilidade de tratamento, uma alternativa para o transplante.
Brasil
O Ministério da Saúde irá selecionar 1.200 pessoas com problemas cardíacos para participar de uma pesquisa nacional para avaliar a eficiência do uso das células-tronco no tratamento dessas doenças. O objetivo do governo é, no futuro, substituir as cirurgias cardíacas tradicionais feitas nos hospitais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) pela terapia com as células-tronco.
O estudo do governo irá avaliar a aplicação do implante de células-tronco em quatro tipos de patologias cardíacas: infarto agudo de miocárdio, doença coronariana crônica, cardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca decorrente do mal de Chagas. Os 1.200 cardíacos serão divididos em quatro grupos, com 300 pessoas cada, e de acordo com o tipo de problema. Esses, por sua vez, serão subdivididos em dois grupos: metade será submetida ao tratamento convencional e a outra metade à terapia celular.
A pesquisa irá durar três anos. A coordenação do estudo está a cargo do Instituto Nacional de Cardiologia das Laranjeiras, no Rio.
Brasil banco de cordão
O governo anunciou ontem a criação de uma rede pública nacional de bancos de sangue retirado do cordão umbilical. O sangue de cordão é rico em células-tronco - capazes de gerar tecidos do organismo - e já se mostrou eficiente no tratamento da leucemia e outras doenças do sangue. No futuro, pode ainda ter outras aplicações.
O programa prevê a criação de dez bancos públicos de em diversas localidades, entre elas Rio de Janeiro. Ontem, foi inaugurado o primeiro dos bancos da rede, em São Paulo, uma parceria com o Hospital Albert Einstein. Com a rede, a chance de um paciente encontrar material compatível para transplante de medula sobe dos atuais 35% para 90%.
Fonte: O Globo
27/09/04