O programa DST/Aids, do governo federal, vai empregar R$ 2,4 milhões na compra de 300 mil unidades do teste até o final do ano. O exame funciona como um teste de gravidez, sem a necessidade de infra-estrutura laboratorial. Com a coleta de pouca quantidade de sangue, o resultado sai em, no máximo, dez minutos.
O objetivo é democratizar o exame da Aids, principalmente em áreas em que há populações carentes e desprovidas de laboratórios. Podendo ser aplicado em homens ou mulheres, o exame terá como alvo principal o controle da transmissão do vírus de mãe para filho durante o parto, a chamada transmissão vertical.
Segundo Antônio Gomes Pinto Ferreira, 41, chefe do departamento de reativos para diagnósticos do laboratório de Bio-Manguinhos, da Fiocruz, mais de 70% dos casos de transmissão vertical do vírus poderão ser evitados.
"Caso a mulher esteja contaminada com o vírus HIV e não saiba disso porque não teve condições de fazer um pré-natal, é possível fazer intervenções médicas durante o parto para impedir que a criança seja infectada", afirma.
O teste custava para o ministério, em média, U$ 2,80 por unidade, em grandes licitações internacionais. Até o fechamento desta edição, a pasta não informou quanto gasta no total com a compra internacional do exame, que teve a tecnologia adquirida por meio de um contrato com a empresa norte-americana Chembio.
Ontem, uma das estações de bondinhos do Pão de Açúcar, um dos cartões-postais do Rio, na Urca, recebeu um laço vermelho de oito metros de altura e quatro de largura em comemoração ao Dia Mundial de Luta contra Aids.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
02/12/2004