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Sociedade de Cardiologia já dá curso sobre uso de desfibrilador






A lei sancionada pelo prefeito José Serra, que torna obrigatória a existência de desfibriladores em locais com circulação diária de mais de 1.500 pessoas, já repercute na Sociedade Brasileira de Cardiologia, que precisou aumentar o número de cursos BLS, através dos quais capacita as pessoas ao uso do equipamento em casos de parada cardíaca.

¿O BLS ¿ Basic Suport of Life ¿ pode ser ministrado em apenas cinco horas¿, explica o cardiologista responsável pelo setor, Raphael Raphi, e é vital quando se sabe que em caso de parada cardíaca o choque recuperador deve ser ministrado nos primeiros quatro minutos após a ocorrência. O médico lembra que nessa janela muito curta de tempo, é praticamente impossível a chegada do atendimento especializado, motivo pelo qual a Sociedade Brasileira de Cardiologia/Funcor preconiza há muito tempo a existência de desfibriladores em áreas de grande concentração de pessoas.

¿O procedimento que recomendamos em São Paulo é que, havendo suspeita de enfarte, quem estiver perto da vítima ligue para o SAMU, telefone 192 ou para os Bombeiros, 193 e imediatamente comece o procedimento de diagnóstico e ressuscitação através de massagem, respiração ou aplicação do choque, mas para isso é necessário que a pessoa esteja preparada¿. Essa necessidade e o fato de que 300 mil brasileiros morrem anualmente devido a problemas do coração que não seriam necessariamente mortais, é que levaram a SBC a propor a lei obrigando a presença do desfibrilador tanto em São Paulo, como em âmbito federal, onde o documento legal está em fase de aprovação. ¿Como a Câmara paulista reagiu mais depressa, a lei municipal foi aprovada primeiro¿, diz ele.

O braço paulista da SBC ofereceu 20 cursos de BLS no ano passado, capacitando 362 pessoas, mas este ano a expectativa é que o total seja muito aumentado e os cardiologistas garantem que não há problemas de infra-estrutura, existem bonecos e salas de aula suficientes. Os bonecos são manequins desenvolvidos especialmente para o curso, com ajuda dos quais o treinando tenta identificar a presença ou ausência de pulso, coloca o ¿corpo¿ de plástico na posição adequada e, em caso de comprovar a parada cardíaca, segue as instruções gravadas em áudio no desfibrilador e aplica o choque que faz o coração voltar a bater.

Os primeiros grupos treinados pela SBC foram de médicos de Prontos Socorros, seguindo-se comissários de bordo das empresas aéreas, que já contam com o equipamento nos aviões que fazem vôos de longa distância. No ano passado foi treinado pessoal ligado a times de futebol, principalmente depois da morte do zagueiro Serginho, do São Caetano, e em seguida funcionários do Consulado dos Estados Unidos e da CIPA ¿ Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de várias empresas, como a Henkel, por exemplo. Ainda agora estão sendo programados novos cursos, o que pode ser feito na própria SBC, ou através do telefone 3849-6438, ramais 29 ou 41.

Fonte: Assessoria de Imprensa da SBC
28/01/2005

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