arquivo-noticias - Unimed Goiânia

Herança genética pode explicar resistência de alguns europeus ao vírus da Aids






Segundo dois cientistas britânicos, cerca de 10% dos europeus se beneficiam atualmente de uma proteção natural contra a Aids que resulta de epidemias de peste que afetaram os seus antepassados na Idade Média.

Os dois investigadores da Universidade de Liverpool, Christopher Duncan e Susan Scott, publicaram um estudo sobre a questão no "Jornal de Genética Medica".

Os cientistas já sabiam que as pessoas portadoras de uma mutação genética chamada CCR5-delta32 estão protegidas da Aids mesmo que tenham contraído o HIV, já que a mutação impede o vírus de atacar as células do seu sistema imunológico. Segundo a nova teoria, a mutação CCR5 é um efeito das pestes européias.

Duncan e Scott afirmam que não se trata de pestes bubônicas, mas de epidemias de febre hemorrágica viral que pouparam as pessoas afetadas pela mutação CCR5.

A peste bubônica é uma doença mais bacteriana do que viral e não pode ser bloqueada por uma mutação genética. Segundo este estudo, os casos de mutação CCR5 são mais numerosos nas regiões afetadas mais recentemente pela peste.

Por isso, nos países escandinavos --flagelados pela peste de Copenhague em 1711-- a taxa de resistência chega a 14% e 15%, dizem os pesquisadores.

Fonte: Folha Online
14/03/2005

${loading}