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Médicos desenvolvem novo tratamento para a endometriose






Os incômodos causados pela endometriose, que atinge algumas mulheres em seu período reprodutivo, poderão agora ser tratados por um medicamento que tem duração de cinco anos. Trata-se de um DIU (Dispositivo Intra Uterino) de progesterona, tão eficaz quanto os tratamentos convencionais, mas com menores efeitos colaterais. A descoberta resulta de um estudo conjunto feito pela Unicamp e pela USP.

A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio - camada interna do útero que é renovada mensalmente pela menstruação - em locais fora do útero. "Comumente o endométrio vai para o ovário e para o peritônio pélvico. Entre os principais sintomas estão a dor e a infertilidade, que não chega a ser definitiva", explica o professor Rui Alberto Ferriani, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP (FMRP). Segundo o pesquisador, o endométrio desloca-se devido ao seu crescimento, que é provocado pelo estrogênio (hormônio feminino).

Menores efeitos colaterais

"A vantagem deste novo tratamento consiste principalmente na redução dos efeitos colaterais", avalia Ferriani. Em termos de melhora da dor, segundo o professor, os resultados foram semelhantes em ambos os tipos de tratamento.

O estudo será publicado em breve na revista científica Human Reproduction. O artigo Randomized clinical trial of a levonorgestrel-releasing intrauterine system and a depot GnRH analogue for the treatment of chronic pelvic pain in women with endometriosis, já pode ser acessado no site da revista na internet, no endereço http://humrep.oupjournals.org/.

Fonte: Agência USP de Notícias
02/05/2005

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