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Mapeamento de genes ligados à esquizofrenia






Utilizando uma técnica inovadora nos estudos de esquizofrenia, um grupo de pesquisadores da USP conseguiu mapear todos os genes do córtex pré-frontal que podem estar associados à doença. "Com esta análise foram identificados genes que nunca haviam sido estudados como tendo relação com a esquizofrenia e que podem vir a ter um papel importante no tratamento desta patologia", afirma a autora da pesquisa, Élida Benquique Ojopi, do Laboratório de Neurociências do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).

No total, foram identificados 165 genes como candidatos a estarem envolvidos com a doença. Destes, 46 estão mais expressos nos cérebros de pacientes que manifestam a esquizofrenia. Os 119 genes restantes mostraram maior atividade nos cérebros de pessoas sem a doença.

A idéia central é que a ativação de alguns genes e a desativação de outros sejam fatores determinantes para o desenvolvimento da esquizofrenia. A partir da definição de quais deles realmente estão ligados à doença, pretende-se desenvolver medicamentos que atuem no sentido de repor as substâncias ausentes nos organismos afetados. "Provavelmente não são uma ou duas substâncias que faltam, mas várias", explica Élida.

No entanto, a pesquisadora afirma que ainda serão necessárias análises em um número maior de amostras para que a associação destes genes com a esquizofrenia seja confirmada. "Também pretendemos investigar outras regiões do cérebro, pelo mesmo processo, à procura de outros genes que possam estar relacionados."
 
Fonte: Agência USP de notícias
06/05/2005

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