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Calor aumenta a incidência de Hiperidrose, excesso de suor em mãos, pés, axilas e rosto






A doença acomete homens e mulheres indistintamente e costuma aparecer em indivíduos da mesma família; apenas no Brasil são cerca de 1 milhão e 600 mil pessoas atingidas.

Segundo o Dr. Nelson Wolosker, chefe do departamento de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital do Câncer e professor livre docente de cirurgia vascular e angiologia da Faculdade de Medicina da USP, o melhor tratamento no combate dessa disfunção é a Simpatectomia Torácica, procedimento cirúrgico considerado definitivo. "As demais alternativas como talcos, remédios antidepressivos, ionforese e a aplicação de botox são paliativas", explica o especialista, um dos responsáveis pela Clinica do Suor.

¿Hiperidrose é a sudorese além das necessidades fisiológicas ou seja quando o suor vai além do necessário para o equilíbrio da temperatura corporal, mantendo-a nos chamados limites fisiológicos (acima de 35,5 e abaixo de 37 graus centígrados) de um bom funcionamento¿, afirma o Dr, Wolosker. Ele lembra que a doença gera angústia e a chamada fobia social principalmente quando se manifesta nas mão. Pode ocorrer também nas axilas e no rosto.

Verdades e mitos

O Dr. Wolosker chama atenção para algumas verdades sobre a doença, como, por exemplo, a incidência entre obesos. Ele afirma que não se recomenda o tratamento cirúrgico a pacientes que estejam 15% acima do seu peso normal, pois encontra-se dificuldade na identificação dos gânglios a serem retirados, além de obter-se piores resultados clínicos. Outra constantação é o fato de que, independente do peso,
os sintomas da hiperidrose persistem ou até se agravam com o passar dos anos, e a qualidade de vida do paciente diminui em conseqüência da doença. O desaparecimento espontâneo do suor excessivo é raríssimo, somente ocorrendo em casos excepcionais.

Ele ressalta que inúmeros tratamentos clínicos para a doença já foram testados no mundo com efeito temporário ou paliativo. Um exemplo é a utilização do Botox que funciona bloqueando a transmissão do estímulo nervoso às glândulas sudorípanas e é aconselhado somente em casos específicos de hiperídrose palmar e axilar. O tratamento que tem uma duração de 4 a 6 meses e consiste em cerca de 30 a 40
injeções subcutâneas nas áreas afetadas, tem um custo muito elevado, além de ser
doloroso.

Fonte: Dr. Nelson Wolosker
Chefe do departamento de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital do Câncer e professor livre docente de cirurgia vascular e angiologia da Faculdade de Medicina da USP. É um dos responsáveis pela Clínica do Suor, especializada em hiperidrose.

Sociedade Brasileira de Cardiologia do site Sortimentos.com

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