Uma pílula contra a Aids que combina três drogas e precisa ser tomada somente uma vez por dia foi aprovada pela primeira vez nos Estados Unidos. Chamada Atripla, ela reúne as substâncias efavirenz, tenofovir e emtricitabina (está última não é usada no Brasil). O maior entrave ao novo medicamento é o preço. Num mês, o paciente gastará mais de US$ 1.000.
A pílula 3 em 1 ainda está em processo de aprovação no restante do mundo. A previsão é que a União Européia seja a segunda a autorizar a venda, o que só deve ocorrer em 2007. A Atripla foi desenvolvida pelos laboratórios Bristol-Myers-Squibb e Gilead Sciences. O laboratório Merck, que detém a patente do efavirenz, também colaborou. A pílula foi aprovada em tempo recorde pela Administração de Remédios e Alimentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês). O motivo é que a dificuldade de seguir o tratamento com muitos remédios por dia tem reduzido a aderência dos pacientes à terapia. Isso não só prejudica o próprio paciente quanto favorece o surgimento de variações do HIV mais resistentes aos medicamentos.
Nos últimos anos, o número de pílulas do chamado coquetel anti-Aids tem sido reduzido. Ainda assim, não é fácil para os pacientes seguir o tratamento contra o HIV.
Acredito que esse primeiro passo representa um avanço no combate da Aids - disse o secretário de Saúde dos EUA, Mike Leavitt.
Fonte: O Globo
14/07/2006