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Mal de Alzheimer 100 anos sem cura






Em 3 de novembro de 1906, um médico alemão relatou pela primeira vez a doença, que atinge 25 mi no mundo.


Há 100 anos, um médico alemão descobriu uma doença que deve atingir mais de 80 milhões de pessoas em todo o mundo até 2040 sem que haja previsão de cura: o mal de Alzheimer. No último fim de semana, o presidente da Associação Internacional de Gerontologia e Geriatria (International Association of Gerontology and Geriatrics, em inglês), o brasileiro Renato Maia, oficializou a declaração mundial da doença. O documento é uma conclamação à sociedade civil, governos e pesquisadores a apoiarem de forma efetiva pacientes e familiares. A oficialização ocorreu na cidade de Tübingen (Alemanha), no mesmo auditório onde, há 100 anos, Alois Alzheimer apresentou a existência da doença.

Segundo a geriatra e coordenadora da residência médica em Geriatria no Estado de Goiás Elisa Franco de Assis Costa, desde a descrição do médico alemão até a década de 60 do século passado, por desconhecimento, Alzheimer era considerado um problema que acometia pessoas antes dos 60 anos. Após essa faixa etária, as perdas de memória e capacidade cognitiva eram consideradas conseqüência da aterosclerose, comumente chamada de caduquice. ¿Depois de examinarem cadáveres de idosos, descobriu-se que as características dos problemas eram as mesmas e existem tanto na forma pré-senil (antes dos 65) quanto senil¿, esclarece.

De acordo com a médica, ainda não foi descoberta a causa exata da doença. ¿Sabe-se que em alguns casos os indivíduos possuem predisposição genética ou hereditária¿, pondera. Alguns estudos relacionam o Alzheimer à morte de neurônios que produzem a acetilcolina, neurotransmissor responsável pelas funções cognitivas. Há ainda indicações sobre a formação de uma placa protéica acumulada no cérebro dos portadores, o que auxiliaria na perda do senso crítico e memória. Apesar de incurável, hoje há medicamentos que retardam a evolução da enfermidade, levando a uma melhor qualidade de vida dos pacientes. Os remédios disponíveis, segundo Elisa, ajudam no distúrbio do comportamento que caracteriza a doença.

Prevenção ¿ O Alzheimer é o tipo mais comum de demência, termo científico para identificar uma síndrome que leva à perda da capacidade cognitiva. ¿De cada 100 casos de demência, até 60 são provocados pela enfermidade¿, alerta Elisa. Segundo ela, a ciência mostra que preservar atividades intelectuais dos 20 aos 60 anos, bem como ter uma alimentação rica em verduras e fazer exercícios físicos são fatores protetores da doença, mas não garantem total imunidade. Estatísticas apontam que depois dos 65 anos, 5% das pessoas podem vir a ter Alzheimer e, a patir dos 80, a probabilidade cresce para 40%. Hoje, 25 milhões de pessoas em todo o mundo são portadoras de Alzheimer e, com o aumento da expectativa de vida, o risco é real para todos.

 

 

Fonte: Dm (Juliana Luiza)

 

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