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Zumbido Incômodo atinge 17% da população brasileira e pode ser sinal de doença






Chiado, apito, som de cachoeira, de cigarra cantando, o coração pulsando. O som pode ser contínuo ou intermitente. Esses são os sintomas mais comuns de quem é vítima do zumbido. O sintoma ataca 17% da população brasileira. O barulho indesejado, na maioria dos casos, é o indício de alguma doença auditiva ou problema normal da idade. O responsável pelo zunzum não é o ouvido, mas o cérebro, que comanda o sistema nervoso central. Na maioria dos casos, se aprende a conviver com o ruído.

A artista plástica Maria Teresa Passaglia Cassiano, 68, já nem se importa tanto com o problema. Há quatro anos percebeu um barulho no ouvido esquerdo, que passou a incomodá-la. Foi ao médico. Usou medicamentos, mas não resolveu. A solução foi adaptar-se. ¿Médicos disseram que o zumbido faz parte da minha idade.¿ Segundo ela, é longe do barulho que se percebe a intensidade do incômodo. ¿Quando estou quieta, o som parece de uma cigarra cantando.¿

Maria Teresa diz que, quando há barulho externo, o tinido desaparece. Mas em qualquer outra oportunidade onde exista silêncio, o ruído aumenta. ¿O zumbido ocorre durante todo o dia, mas não chega a me estressar. Consigo ficar tranqüila.¿ Estudos mostram que 80% dos indivíduos que ¿ouvem¿ este som convivem com ele sem problemas. A maioria só percebe que tem zumbido quando está em ambientes silenciosos ou em estado de ansiedade, preocupados ou nervosos.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), para cerca de 28 milhões de brasileiros (17% da população) o incômodo de ouvir barulho mesmo na ausência de uma fonte sonora externa faz parte do dia-a-dia. O órgão aponta que, para 15% das pessoas, o zumbido perturba e se manifesta 24 horas por dia. A dificuldade para dormir e a falta de concentração nas atividades diárias são os principais sintomas do problema, que interfere na qualidade de vida dos pacientes.

O otorrinolaringologista Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira, do Hospital Universitário de Brasília (HUB), diz que o zumbido pode ser o primeiro sinal de várias doenças, mas também apenas uma conseqüência da idade. Ele explica que o problema pode ser também o início da perda auditiva. Som em intensidade por longos períodos é um dos principais fatores que desencadeiam o ruído. Especialistas dizem que ansiedade e depressão pioram o quadro de quem sofre de zumbido nos ouvidos.


Wanda Oliveira
Diário da Manhã

 

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