Mulheres jovens, portadoras de câncer de mama, são freqüentemente orientadas a aguardar por aproximadamente dois anos, após o tratamento, para poderem engravidar. Porém, um novo estudo indica que esta espera poderia não ser necessária, para aquelas que tivessem uma boa chance de sobreviver à doença.
A pesquisa, publicada na edição on-line da revista British Medical Journal, no dia 8 de dezembro de 2006, e realizada na Universidade da Western, Austrália, avaliou o momento da gravidez e a sobrevida entre 123 mulheres, com idades entre 15 e 44 anos, e que tiveram pelo menos uma gravidez, que se seguiu ao diagnóstico de câncer de mama. Metade das mulheres concebeu no intervalo de dois anos, após o diagnóstico do câncer de mama.
Comparadas com sobreviventes ao câncer, que não haviam engravidado, aquelas que conceberam seis meses ou mais após receberem o diagnostico da neoplasia, aparentemente tiveram uma leve vantagem na sobrevida. Esta vantagem, porém, não significou que a gravidez tivesse um impacto direto em sua sobrevida. Os pesquisadores acreditam que, ao invés disso, as mulheres com melhores condições de saúde após o tratamento do câncer de mama, tiveram uma maior probabilidade de vir a engravidar, do que as mulheres que estavam mais adoentadas.
Como o número de pacientes avaliadas nesta pesquisa foi pequeno, serão necessários mais estudos, para confirmar ou não os resultados obtidos.
Fonte: Boa Saúde