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Cientistas criam novo teste para detectar anomalias em fetos






 

O teste pode identificar anomalias genéticas já no útero Cientistas nos Estados Unidos desenvolveram um novo teste não-invasivo que examina DNA de um feto e pode detectar anomalias genéticas como Síndrome de Down. Ao contrário dos testes atualmente disponíveis, como ultrassom, que é limitado, e testes mais intrusivos, que podem elevar os riscos de aborto natural, o novo método, desenvolvido pela empresa americana Ravgen, não ameaça mãe ou feto. A técnica consiste no exame de amostras do DNA do feto presentes no sangue da mãe para buscar minúsculas variações da seqüência de material genético. O trabalho da Ravgen é descrito em detalhes pela revista científica Lancet. A identificação de anomalias genéticas prematuramente não apenas dá aos pais a oportunidade de decidir se querem ou não dar continuidade à gravidez, mas também alerta os médicos para a necessidade de um monitoramento cuidadoso de todo o período de gestação. A análise do DNA do feto através de uma amostra do sangue da mãe já vem sendo possível há algum tempo, mas sua eficácia foi limitada porque só uma pequena quantidade desse material genético chega ao fluido. A equipe de pesquisa da Ravgen, chefiada por Ravinder Dhallan, conseguiu maximizar a quantidade de DNA que pode ser recuperada ao tratar amostras de sangue com uma substância química chamada formaldeído. Os pesquisadores usaram amostras de 60 mulheres grávidas em seus testes. Depois eles tentaram encontra no material genético variações conhecidas como polimorfismos de nucleotídeo único (SNPs, em inglês) Como cada cromossomo tem um padrão característico de SNPs, os pesquisadores conseguiram distinguir entre DNA da mãe e do feto. Eles também conseguiram determinar se um feto é portador de cópias extras de cromossomos-chave que causam doenças genéticas. Se, por exemplo, são portadores de uma cópia extra do cromossomo 21, que causa a Síndrome de Down - ou trissomia 21. Das 60 amostras testadas, a técnica identificou o número de cromossomos corretamente em 58, inclusive dois casos de trissonomia 21. Um caso de trissomia 21 não foi identificado e uma amostra normal foi identificada erroneamente como trissomia 21. Mas os pesquisadores destacaram que o seu trabalho está em um estágio preliminar, e são necessários mais testes para aperfeiçoar as técnicas. "Nova era" Em artigo na Lancet, Alexandra Benachi e Jean-Marc Costa, da Universidade Paris-Descartes, disse que o teste é promissor, e "inicia uma nova era em exames do período pré-natal". Mas acrescentou: "Algumas questões técnicas ainda precisam ser superadas." "Primeiramente, a quantidade de DNA fetal livre no sangue materno é baixa, e embora o uso de formaldeído permita que seja isolada uma quantidade maior, as cotas são irregulares." "Em segundo lugar, Dhallan examinou apenas oito mulheres no primeiro trimestre. São essenciais mais testes neste estágio da gestação." Lyn Chitty, especialista de genética e medicina fetal do Hospital da University College London, disse que os pesquisadores estavam trabalhando com em outros métodos para desenvolver um teste não-invasivo. Isto inclui o exame de proteínas no sangue da mãe e o estudo de mudanças espontâneas no DNA do feto. "A maioria das pessoas acredita que uma dessas tecnologias irá, eventualmente, ser refinada o suficiente para ser útil a prática clínica." "Um teste preciso não-invasivo fará com que muitas mulheres com bebês normais não tenham que se submeter a um procedimento como amniocentese (retirada de amostra do líquido que envolve o feto)."

FONTE/AUTOR: BBC de londres

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