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Teste ajuda a detectar autismo em bebê






Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Sacramento, descobriram uma maneira de ajudar pais de família a verificar mais cedo se o filho ou filha é autista, ou seja, se nasceu vítima de um fenômeno patológico que se caracteriza pelo desligamento da realidade exterior e criação mental de um mundo à parte, só seu.

O teste é simples e pode ser aplicado em um bebê com menos de 1 ano de idade. Basta chamá-lo pelo nome e esperar pela reação. Normalmente, o distúrbio só é diagnosticado quando a criança tem entre 3 e 4 anos, por causa da variedade de sintomas.

Os cientistas norte-americanos estudaram dois grupos de crianças. De um lado foram reunidas as que apresentavam risco maior de desenvolver autismo, por terem irmãos mais velhos nos quais a doença se manifestou. E, do outro, para as necessárias comparações e controle, ficaram as crianças consideradas saudáveis ou normais. Ao completarem 1 ano de idade, todos os bebês do grupo de controle passaram no "teste do nome", enquanto a aprovação entre aqueles sob risco foi de 86%.

ALERTA

 Os cientistas acompanharam parte das crianças de ambos os grupos até seu segundo aniversário e descobriram que 75% das que tinham sido reprovadas apresentavam problemas de desenvolvimento. Entre as que acabaram sendo diagnosticadas como autistas metade tinha falhado no "teste do nome".

Os cientistas ressaltam, no entanto, que nem toda criança reprovada no teste do nome, necessariamente, desenvolve ou sofre de autismo. Um bebê que é reprovado repetidamente tem uma grande chance de ter alguma anormalidade de desenvolvimento e deve ser encaminhado a outros exames médicos.

Os resultados da pesquisa, publicados no Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine, foram elogiados pela Sociedade Nacional do Autista da Grã-Bretanha, como uma prova de que o diagnóstico precoce pode ajudar no tratamento à doença. Mas a entidade alerta para outras avaliações importantes a fazer.

"Os exames para detectar o autismo são muito detalhados e abrangentes e levam em conta vários outros fatores, como o contato visual e a capacidade da criança de apontar para objetos", disse Judith Gould, representante da entidade. ¿Se os pais estiverem muito preocupados com a saúde da criança, por terem percebido algo de anormal no comportamento dela, devem procurar a opinião de um médico, o mais cedo possível¿.

Fonte: CRMMG

 

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